08 setembro 2006
Os 25 piores produtos e serviços de tecnologia de todos os tempos
1. America Online (1989-2006)
1_aolDesde que a América Online nasceu da barriga de uma BBS chamada Quantum "PC-Link", em 1989, seus usuários enfrentaram softwares terríveis, números de dial-up inacessíveis, anúncios agressivos, cobrança questionável, serviço de suporte sofrível e spam para uma vida inteira.
A mais cara entre os concorrentes, a empresa teve sucesso no início ao perseguir os novatos com técnicas agressivas - nos anos 90 não se podia abrir uma revista (incluindo a PC World) ou caixa de correio sem que um CD da AOL caísse dela.
Mas uma vez que a AOL o tinha em suas mãos, o cliente encontrava problemas para se livrar dela. A companhia sofreu diversos processos de clientes que cancelaram o serviço e continuaram a ser cobrados, e pagou US$ 1,25 milhão de dólares em indenização somente a usuários de Nova York.
Quando os clientes começaram a explorar a web de fato, se deram conta da má qualidade dos serviços, e AOL foi sendo gradativamente abandonada. Hoje, a empresa se concentra em se reinventar como provedora de conteúdo e não de acesso. Sua aventura na América Latina terminou em falência e na venda da maior parte das operações, incluindo a do Brasil, que fechou definitivamente as portas no início do ano.
2. RealNetworks RealPlayer (1999)
Uma frustrante incapacidade de tocar arquivos de mídia - em parte por conta da constante mudança de formatos - foi apenas parte dos problemas do RealPlayer. O tocador também tinha o irritante hábito de ficar à vontade no seu PC, se autodefinindo como software preferencial, tomando liberdades com o Windows Registry, abrindo janelas com mensagens chatas que eram mais como anúncios, e por aí vai...
A isso se soma a insistente mania da Real de monitorar os hábitos musicais de seus usuários, com os softwares RealJukeBox, RealPlayer G2 e RealDownload, que lhe rendeu uma avalanche de publicidade negativa. Apesar disso, a empresa ainda merece crédito por ser a primeira a oferecer um tocador de mídia gratuito e por enfrentar a Microsoft. Apreciamos o fato de haver um concorrente ao Windows Media Player, só queríamos que ele fosse melhor.
3. Syncronys SoftRAM (1995)
Em 1995, uma RAM custava de 30 a 50 dólares e as aplicações do Windows 95 demandavam cada vez mais do PC. A idéia de “dobrar” a memória instalando um software de 30 dólares parecia tentadora. Os 700 mil usuários que compraram o SoftRAM certamente achavam isso. Infelizmente, não foi isso que eles receberam.
Na verdade, a única coisa que o SoftRAM fazia era expandir o tamanho do cache do disco rígido - algo que qualquer um com experiência mínima faria sem ajuda de software em um minuto. Ainda assim, o ganho em performance era questionável. A Comissão de Comércio dos Estados Unidos considerou o produto “falso e enganador” e a empresa foi obrigada a tirá-lo das prateleiras e pagar indenizações. Em 1999 a empresa faliu e ninguém sentiu sua falta.
4. Microsoft Windows Millennium (2000)
Essa é provavelmente a pior versão do Windows já lançada - ou pelo menos desde os temíveis dias de Windows 2.0. O Windows Millennium Edition (ME) - também apelidado de Mistaken Edition (em português, edição equivocada) - era a continuação do Windows 98 para usuários domésticos.
Logo após sua aparição no final de 2000, os usuários reportaram problemas para instalá-lo, fazê-lo funcionar com outros hardwares e softwares e até para fazê-lo parar. Fora isso, o ME funcionava muito bem. Seu crédito é ter introduzido funções populares como a recuperação de arquivos - exceto pelo fato de que ele recuperava inclusive arquivos indesejados, como vírus deletados. Esqueça a virada do ano 2000, este é o verdadeiro bug do milênio.
5. Sony BMG Music CDs (2005)
Quando você coloca um CD de música no seu computador, a última coisa que você espera é que ele se transforme em um brinquedo de hacker. Isso é exatamente o que a Sony BMG Music Entertainment fez com seus CDs em 2005. O sistema de proteção à cópia instalava um rootkit, tornando-o invisível até mesmo a antispywares ou antivírus.
Com mais de 500 mil máquinas afetadas, a Sony lançou uma correção ainda mais problemática, recolheu os CDs do mercado, e enfrentou uma enxurrada de processos. Tornar sua máquina vulnerável a ataques - essa não é a função da Microsoft?
6. CD-ROM “O Rei Leão”, da Disney (1994)
Pesadelo do Natal de diversas criancinhas, o CD-ROM do Rei Leão confiava no novo mecanismo gráfico da Microsoft, o WinG, e drivers de vídeo que tinham que ser manualmente configurados. O problema é que a Compaq lançou um Presario com drivers de vídeo que não tinham sido testados. Resultado: quando as crianças foram brincar com seu presente na manhã de Natal tudo que ganharam foi uma tela azul.
7. Microsoft Bob (1995)
Nenhuma lista dos piores estaria completa com o primo idiota do Windows, o Bob. Desenvolvido como uma interface social para o Windows 3.1, o Bob era uma sala de estar com diversos objetos clicáveis e uma série de personagens animados, como o Gato Chaos e o Rato Scuzz que o conduziam por uma pequena suíte de aplicativos. Felizmente, o Bob foi enterrado com a chegada do Windows 95, embora alguns personagens - como o clipe animado de papel - tenham sobrevivido para perturbar os usuários.
8. Internet Explorer 6 (2001)
Cheio de recursos, fácil de usar, e um convite mortal a hackers e outros delinqüentes digitais, o Internet Explorer 6.x é provavelmente o software menos seguro do planeta. O software era tão perigoso que em 2004 o Computer Emergency Readiness Team (CERT) tomou a drástica medida de aconselhar os usuários a usarem qualquer navegador menos o IE.
9. Pressplay e MusicNet 2002
Duas das primeiras iniciativas da indústria musical para oferecer conteúdo online mostraram que as gravadoras não entendiam do negócio. O PressPlay cobrava 15 dólares por mês pelo direito de ouvir 500 músicas de baixa qualidade, baixar quarenta faixas e gravar um CD com 10 músicas. A idéia nem parecia tão ruim, até se descobrir que nem todas as faixas podiam ser baixadas e só era possível gravar duas músicas de cada artista.
O MusicNet custava 10 dólares por mês para ter acesso a 100 músicas para streaming e 100 downloads, mas cada download expirava em 30 dias. Muitos downloads ilegais depois, uma empresa de fora - a Apple, com seu iTunes - mostrou a gravadoras o jeito certo de vender música digital.
10. Ashton-Tate dBASE IV (1988)
Nos primeiros dias do PC, dBASE era sinônimo de banco de dados. Ao final dos anos 80, o produto da Ashton-Tate tinha 70% do mercado. Tudo mudou com o dBASE IV. Terrivelmente lento e com mais buracos que uma peneira, o produto de 795 dólares foi um desastre.
11. Priceline – venda de gasolina e comestíveis (2000)
A Priceline desenvolveu um modelo de negócios no qual você dizia o quanto você queria pagar. Ele funcionou bem com passagens aéreas, aluguel de carros e hotel, mas não com venda de gasolina e produtos comestíveis.
12. PointCast Network (1996)
Vamos voltar a meados dos anos 90, quando uma tecnologia chamada “push” iria revolucionar a internet. Em vez de surfar na web em busca de notícias e informação, as aplicações “push”, como a PointCast Network, levariam as informações personalizadas até o seu desktop.
Mas logo a tecnologia “push” se mostrou um desastre, à medida que consumia muita banda, em uma época que as conexões ainda eram discadas e lentas. Além disso, serviços e aplicações novas, como a RSS, ganharam espaço.
13. IBM PCjr. (1984)
A tentativa da IBM de desenvolver um computador barato para as casas e escolas transformou-se em uma idéia órfã desde o seu início. A razão: o grande sucesso de um parente seu, o IBM PC. Dois anos depois, saiu de cena para nunca mais voltar.
14. A celebração do 10º aniversário da Gateway 2000 (1995)
Depois de uma década como um dos principais fabricantes de computadores do mundo, os donos da Gateway quiseram celebrar com uma configuração especial de seus PCs.
Mas o que se viu foi um computador que não cumpria suas promessas. A placa de vídeo era uma versão inferior do que as pessoas pensavam que estavam comprando, os alto-falantes sorround, na verdade, também não tinha esse recurso e o CD-ROM de 6x funcionava em 4x ou mais lento.
15. Iomega Zip Drive (1998)
Clique-clique-clique. Esse era o som dos dados morrendo em milhares de drives Iomega Zip. Apesar de a empresa vender mais de 10 milhões de unidades dos drives Zip e Jaz que funcionavam perfeitamente, milhares deles morriam misteriosamente.
A Iomega ignorou o problema, o que causou a fúria dos usuários e uma ação na Justiça em 1998, que terminou com um acordo três anos depois. Atualmente, os drives Zip e Jaz foram ultrapassados por mídias como o CD e DVD, mais baratos, mais rápidos e com mais capacidade para gravação de dados.
16. Comet Systems Comet Cursor (1997)
Agradeça o Comet Cursor pela introdução dos spywares. Ele tinha uma única proposta: transformar o cursor de seu mouse em uma imagem engraçadinha, como o Bart Simpson, Dilbert ou outros milhares de ícones. Mas o Comet tinha outros hábitos não tão engraçadinhos assim.
Ele secretamente instalava-se no Internet Explorer quando você visitava certos tipos de sites ou instalava outros tipos de software, como o RealPlayer 7. Algumas versões “seqüestrava” o assistente de busca do IE ou travava o browser.
Apesar de a Comet insistir que o programa não era um spyware, milhares de usuários não concordavam. O Comet System foi comprado por uma companhia de publicidade pay-per-click chamada FindWhat em 2004.
17. O Macintosh “portátil" (1989)
Em 1989, a Apple ofereceu um Macintosh “portátil” de 10 centímetros de espessura com peso de 7,2 quilos. A bateria contribuía para o “peso leve” do notebook da Apple. Precisa dizer mais?
18. IBM Deskstar 75GXP (2000)
Rápido, grande e pouco confiável. Este disco rígido de 75 GB foi logo batizado de “Deathstar” (Estrela morta) pelo seu hábito de falhar e levar consigo todos os seus dados.
Depois de um ano de seu lançamento, a IBM enfrentou uma ação na Justiça, contra usuários que alegavam que perderam dados em razão do Deskstar. Em 2002, vendeu a sua divisão de discos rígidos para a Hitachi.
19. OQO Model 1 (2004)
OQO Model 1 chama-se a si mesmo como “o menor computador XP do mundo”. E isso era uma grande parte do problema. Você precisava de um bom par de óculos para ler os ícones e textos em sua tela de 5 por 3 polegadas. O teclado era muito pequeno para acomodar, pelo menos, dois dedos adultos.
20. DigitalConvergence CueCat (2000)
Ele apareceu no final da bolha de internet. O CueCat tinha função de ajudar os leitores de revistas e jornais a achar os web sites de anunciantes (provavelmente porque aparentemente devia ser muito difícil digitar www.pepsi.com no seu browser).
A companhia por trás do equipamento, a DigitalConvergence, enviou cartas para milhares de assinantes de revistas e jornais. Os leitores tinham de conectar o equipamento a um computador, instalar alguns softwares, escanear o código de barras dentro dos anúncios e, dessa forma, irem para o web sites dos anunciantes.
Outro “benefício”: a companhia usava o equipamento para juntar informações pessoais sobre seus usuários.
21. Eyetop Wearable DVD Player (2004)
Algumas coisas não foram feitas para se usar caminhando ou dirigindo e uma delas é assistir DVDs. Infelizmente, a mensagem não foi compreendida pela Eyetop.net, fabricante do Eyetop Wearable DVD Player.
O sistema compreendia um DVD player portátil acoplado a um par de óculos escuros com uma minúscula tela LCD de 320 x 240 pixels direcionada ao olho direito. A tela deveria simular um monitor de 14 polegadas, mas infelizmente, a única sensação que o Eyetop reproduzia era um certo enjôo.
22. Apple Pippin @World (1996)
Antes do Xbox, do PlayStation e do DreamCast, havia o Pippin, da Apple. O quê? É isso mesmo - a Apple tinha um console de games compatível com acesso à internet que era conectado à televisão. No entanto, o produto rodava em um processador PowerPC fraco e portava um modem de apenas 14,4 Kbps, o que o tornava estupendamente lento, tanto online como offline.
Para completar, o Pippin era baseado no sistema operacional Mac OS, e quase nenhum game estava disponível para esta plataforma. O console ainda custava 600 dólares - quase o dobro do preço dos concorrentes, mais poderosos.
23. PCs gratuitos (1999)
No final dos anos 90, empresas competiam para atrair a atenção dos consumidores aos PCs gratuitos. Tudo o que você precisava fazer era uma assinatura e então um microcomputador eventualmente apareceria na porta da sua casa. Entretanto, sempre havia uma pegadinha: você tinha de assinar um contrato de longo prazo com um provedor de acesso à internet, ou então tolerar uma enxurrada de anúncios online invadindo sua tela, ou ainda liberar suas informações pessoais à indústria.
A Free-PC.com deve ter sido a mais apavorante de todas. Primeiro, você preenchia um amplo cadastro incluindo dados como renda, bens, raça, estado civil e muito mais. Depois você tinha de passar pelo menos dez horas por semana no computador e pelo menos uma hora navegando na internet pelo provedor do Free-PC.
Em troca, você ganhava um PC básico Compaq Presario, com quase um terço da tela coberto por anúncios. Além disso, enquanto usava seu PC, a Free-PC o observava gravando todos os lugares por onde você surfava na rede, os softwares utilizados e sabe-se lá mais o que.
Não podemos dizer se a idéia levaria a algum tipo de Big Brother, porque um ano após o lançamento, a Free-PC.com se fundiu à eMachines. Neste período, outros fornecedores concluíram que o modelo do computador "grátis" não se pagava.
24. DigiScents iSmell (2001)
Em 2001, a DigiScents lançou o iSmell, um utensílio que plugado na porta USB de seu PC, emitia aromas adequados a determinados sites de produtos, como perfumes no Chanel.com, ou salgadinhos de queijo no Frito-Lay.com. Mas os internautas céticos torceram o nariz para a idéia, tornando o iSmell um belo exemplo de 'vaporware'.
25. Sharp RD3D Notebook (2004)
Como o primeiro notebook 3D "auto-estéreo", o RD3D da Sharp deveria mostrar imagens tridimensionais sem a necessidade de óculos apropriados. No entanto, o efeito real estava mais para "auto-enxaqueca".
Quando você apertava o botão para ativar o modo 3D, a performance do notebook diminuía e o efeito era notado somente por um ângulo bem específico. Se o usuário movesse a cabeça, o visual desaparecia. Talvez os engraçados óculos 3D não fossem tão ruins assim.
(Fonte:Dan Tynan é editor da PC World, em São Francisco).
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